CAPAS DA REVISTA DRENADOS

Vanda Lucia Lopes
Ela quebrou padrões, desafiou o mundo e brilhou. Sem que ninguém soubesse quem ela era,
No coração de uma comunidade simples, onde os dias começam cedo e os sonhos muitas vezes são adiados, vive Vanda Lopes, uma mulher que nunca deixou a falta de recursos apagar o brilho da sua vontade de vencer.
Sem estudos formais e com pouco dinheiro, Vanda encontrou na costura não apenas uma forma de sustento, mas uma linguagem própria. Com retalhos doados, linhas reaproveitadas e uma máquina antiga que mais falha do que funciona, ela transforma o cotidiano em arte: panos de prato bordados com frases que inspiram, cangas de praia com cores que celebram a vida, e bolsas de pano que carregam mais do que objetos—carregam histórias.
Enquanto muitos viam apenas um “bico”, Vanda via uma marca. Um nome que pudesse representar mulheres como ela: criativas, resilientes, invisíveis aos olhos do mundo, mas gigantes em coragem. Ela sonha com etiquetas estampadas com seu nome, com uma loja onde cada peça tenha propósito, e com clientes que não apenas comprem, mas se conectem com sua jornada.
Mesmo sem diploma, Vanda é mestre em reinvenção. Mesmo sem capital, ela investe amor em cada costura. E mesmo sem reconhecimento, ela já é exemplo: de que talento não depende de títulos, e que sonhos não têm prazo de validade.
Hoje, Vanda Lopes é mais do que uma costureira. Ela é símbolo de resistência criativa. E sua história nos lembra que a verdadeira marca de alguém não está no que veste, mas no que transforma.